A inclusão tem se mostrado um pilar para o desenvolvimento econômico e social no Brasil, direcionando esforços para garantir que jovens, mulheres, PCDs e outros grupos encontrem espaço e oportunidades no mercado de trabalho.
O fortalecimento dessa pauta depende diretamente da colaboração entre o poder público, a iniciativa privada e as entidades sindicais para promover empregabilidade, equidade e condições justas de trabalho.
Um estudo da McKinsey & Company mostra que empresas no quartil superior em diversidade étnica e cultural têm 36% mais chances de obter lucros acima da média do setor. Além disso, ambientes diversos e inclusivos apresentam colaboradores mais felizes, engajados e, consequentemente, geram melhores resultados financeiros.
Mas como empresas, estados e outras instituições têm atuado para transformar essa realidade? Confira, a seguir, o que foi discutido no painel sobre o tema durante o maior evento sindical e trabalhista do Brasil: o SindiMais.
A importância da atuação de empresas privadas
A atuação das empresas privadas é fundamental para promover a inclusão de profissionais diversos e transformar essa necessidade em estratégia de negócio.
Estudos recentes indicam que empresas que adotam práticas inclusivas, como políticas de diversidade racial, de gênero, etária e de deficiência, demonstram desempenho financeiro superior.
No Brasil, desde 2024, mais de 545 mil trabalhadores com deficiência foram incluídos no mercado formal devido às ações fiscalizadoras e às iniciativas de empregabilidade, mostrando que a atuação proativa do setor privado potencializa os resultados de inclusão.
Além disso, empresas que promovem ambientes de trabalho diversificados fortalecem o clima organizacional, aumentam a inovação, melhoram a atração e a retenção de talentos e reduzem riscos à saúde e à segurança.
O que os dados indicam?
A pesquisa Ethos/Época de 2025 destacou que organizações com maior diversidade lideram melhor seus setores, além de apresentarem indicadores superiores de lucratividade e sustentabilidade.
No cenário brasileiro, empresas como Bosch, Itaú, L’Oréal, Natura e grupos públicos como o Sebrae já mostram que a inclusão vai além da questão social, consolidando-se como uma estratégia de sucesso que impacta positivamente os resultados e a reputação no mercado.
Outro exemplo de destaque é o grupo Magazine Luiza, que mantém uma política robusta de diversidade e inclusão, alinhada à ambição de refletir, em seu quadro funcional, a pluralidade do Brasil em termos de gênero, raça, idade e orientação sexual.
Durante o SindiMais, a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano, reforçou a necessidade de ter mulheres em cargos de liderança, pois apenas elas compreendem as múltiplas responsabilidades de ser mãe, cuidar da casa e da família, e como as empresas podem contribuir para apoiar essas profissionais.
“Hoje, em quase metade dos lares brasileiros, as mães são responsáveis tanto pelo sustento do lar quanto pela criação dos filhos e pelos cuidados domésticos, especialmente entre as classes C e D.”
Pensando nisso, nas empresas do grupo existem iniciativas como o cheque-mãe, um depósito mensal para que as mães invistam na educação de seus filhos. Além disso, o grupo realiza contratações de novas colaboradoras mesmo durante a gravidez e garante que profissionais, como faxineiras, sejam devidamente registradas.
Há também investimento em iniciativas internas, como:
programas de capacitação para pessoas com deficiência;
grupos de afinidade que atuam em temas como LGBTQIAPN+, raça e gênero;
ações afirmativas para atrair e desenvolver mulheres em áreas tradicionalmente masculinas, como tecnologia;
programas de desenvolvimento de jovens talentos.
O Magalu também aderiu ao Programa Acredita no Primeiro Passo, promovido pelo governo federal, que visa à inclusão socioeconômica por meio do mercado formal de trabalho para pessoas de comunidades vulneráveis, com prioridade para mulheres, jovens e minorias.
Essa parceria amplia significativamente o alcance das oportunidades oferecidas pela empresa, gerando milhares de empregos e contribuindo para a redução da desigualdade social.
A educação como melhoria social
Outra pauta abordada durante o evento foi a importância do investimento em educação como ferramenta de melhoria socioeconômica.
A deputada Tabata Amaral, integrante do grupo de palestrantes, defendeu a democratização do ensino de qualidade e a formação de jovens como agentes de transformação social.
“A educação é a base para garantir oportunidades igualitárias, e ela precisa ser acessível a todos. Quando falamos sobre acessibilidade, não tratamos de planos complexos e trabalhosos, mas de uma base que permita o acesso à educação, como: distribuição de absorventes para que meninas não precisem deixar de ir à aula durante o período menstrual e merenda de qualidade.”
Ela também destacou a importância do ensino técnico-profissionalizante, que no país possui taxas baixíssimas de aderência entre os jovens, e da atualização das grades escolares.
“Os caminhos honestos para quebrar o ciclo da pobreza são a educação, a cultura e o esporte. Sem educação, não existe transformação possível!”
O papel do Estado e dos sindicatos
Durante a palestra, enfatizou-se que o papel do Estado é criar políticas públicas consistentes que incentivem a inclusão no mercado de trabalho e garantam direitos trabalhistas a grupos vulneráveis.
Os sindicatos, por sua vez, têm papel essencial na defesa dessas políticas e na promoção de ambientes de trabalho justos e inclusivos, contribuindo para a equidade e a valorização dos trabalhadores, a partir de ações como:
educação corporativa e planos de carreira;
projetos de inclusão social;
garantia de equidade;
benefícios corporativos;
responsabilidade social.
O diálogo e a ação conjunta entre Estado, empresas e sindicatos são caminhos fundamentais para assegurar o progresso econômico aliado à justiça social. Afinal, conforme afirmou o presidente da FENASERHTT e do SINDEPRESTEM, Vander Morales:
“Hoje, as empresas precisam se preocupar com o que os jovens querem; os salários não são mais o principal decisor no mercado de trabalho.”
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Um programa de auxílios inovadores e flexíveis, como os cartões Megavale, une praticidade e liberdade de escolha, permitindo que seus colaboradores decidam onde e como utilizar o benefício.
Ações como essa são essenciais para aumentar o engajamento, a motivação e a satisfação no trabalho, refletindo diretamente na produtividade e na retenção de talentos.
Invista em tecnologia e flexibilidade para transformar o ambiente de trabalho, fortalecer a cultura organizacional e mostrar que a empresa valoriza quem faz parte dela.
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