Para muitos trabalhadores, o vale-alimentação é um alívio no orçamento, afinal, garante refeições de qualidade sem comprometer o salário.
Por isso, otimizar o uso desse benefício pode fazer toda a diferença no bolso e na qualidade de vida, garantindo que o saldo dure mais e que as escolhas de consumo sejam mais inteligentes.
Dados recentes dos índices de consumo em supermercados, elaborados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram um aumento significativo no volume e no valor das transações realizadas com cartões de benefício, destacando a importância de estratégias para aproveitar melhor esse recurso.
Então, se antes do dia 30 o seu vale-alimentação já zerou e o saldo não foi suficiente para as compras do mês, fica com a gente que vamos te ajudar a fazer o vale render mais.
Como o vale-alimentação impacta a vida dos trabalhadores?
O vale-alimentação é um benefício fundamental para muitos profissionais brasileiros porque garante o acesso a gêneros alimentícios essenciais para a nutrição diária.
Segundo as pesquisas da Fipe, o número de transações em supermercados com o uso do cartão alimentação cresceu 8,1% entre março de 2024 e março de 2025, refletindo a preferência dos usuários por esse meio de pagamento para o abastecimento doméstico.
Além disso, o valor por compra também aumentou, subindo 15,5% nesse mesmo período.
Mas, o que fazer quando o benefício não é suficiente para suprir as necessidades alimentares durante o mês?
A importância da economia doméstica
Economia doméstica é o ramo que envolve a gestão e organização das finanças, despesas e recursos no ambiente familiar.
O objetivo é garantir estabilidade e qualidade de vida a partir do planejamento financeiro, consumo consciente e controle das contas da casa. E isso deve considerar tanto gastos em dinheiro, cartão de crédito e benefícios corporativos, como vale-alimentação, vale-refeição e multibenefícios.
Esse termo faz referência a todas as estratégias que podem auxiliar pessoas e famílias a mapear receitas, cortar gastos ou diminuir gastos, prevenir dívidas e distribuir de forma adequada os recursos financeiros disponíveis para cobrir necessidades essenciais como:
- alimentação;
- moradia;
- saúde;
- educação.
Além de facilitar a criação de metas financeiras alcançáveis, como poupar determinada quantia em um ano, adquirir um carro ou fazer uma viagem em família.
Vale ressaltar que a prática da economia doméstica exige o comprometimento de todos que vivem no mesmo lar. Para que ela funcione é necessário:
- rever e reavaliar hábitos de consumo;
- elaborar orçamentos e limites de gastos;
- adotar medidas que promovam o bem-estar sem comprometer o equilíbrio financeiro da família.
Como usá-la para poupar o vale-alimentação no mercado?
Por meio de práticas como planejar compras, elaborar listas baseada nas reais necessidades da casa e estabelecer um orçamento específico para esse tipo de despesa.
É essencial pesquisar preços, experimentar marcas alternativas mais baratas e evitar compras por impulso (por isso, nada de ir ao supermercado com fome). Com estratégias simples, é possível reduzir o desperdício e fazer escolhas mais inteligentes durante as compras.
Segundo os índices Alelo/Fipe e o IPCA/IBGE, a inflação dos alimentos para consumo no domicílio foi de 7,9% em 12 meses até março de 2025, o que aumentou o custo médio das compras do mercado.
As mesmas fontes também indicam que o crescimento do valor transacionado em supermercados com cartões vale-alimentação no mesmo período foi significativamente maior: 19,6% em 12 meses até março de 2025.
Ou seja, o valor transacionado subiu muito mais que a inflação dos alimentos, indicando que o aumento do ticket médio foi influenciado pelo reajuste de preços, mas principalmente pela maior frequência de compra e quantidade de produtos adquiridos com o benefício.
10 dicas para fazer o vale-alimentação durar o mês todo
1. Faça um planejamento alimentar
Antes de ir ao mercado, defina o cardápio das refeições principais (almoço e janta, por exemplo) para a semana ou até para o mês, e a partir disso, elabore a lista do mercado.
Lembre-se de conferir o que você já tem na geladeira ou despensa, para evitar comprar produtos a mais, e fique de olho nas promoções.
Isso, além de evitar compras por impulso ou a necessidade de voltar ao supermercado para comprar itens que faltam para as receitas do dia a dia, garante mais assertividade.
Além disso, esse costume ajuda a reduzir o desperdício, porque cada item adquirido tem uma finalidade definida.
2. Se mantenha fiel à lista de compras
Com base no cardápio planejado, elabore uma lista detalhada de itens, considerando a quantidade dos produtos e preferências de tipos ou marcas.
Leve a lista para o mercado e não se desvie dela! Afinal, ela é o seu plano de ação, e pode ajudar para que você não seja influenciado por promoções impulsivas de produtos que não precisa (uma das maiores armadilhas para o orçamento).
3. Estabeleça um dia para compras do mês
Ir com frequência ao mercado pode significar gastos mais altos com itens não essenciais, por isso, se programe para fazer compras mensais, quinzenais ou semanais conforme o que foi definido no cardápio e na lista.
Use a maior parte do vale-alimentação em uma única compra mensal, focando em itens não perecíveis, de limpeza e higiene (arroz, feijão, macarrão, óleo, sabão, papel higiênico, etc.) ou limite quanto pode ser gasto a cada ida.
Isso garante que você tenha o essencial para as refeições e evita visitas frequentes ao mercado (onde é normal acabar comprando algo a mais).
4. Domine a arte de comparar preços
Preste atenção no preço por quilo ou litro, sempre destacado na etiqueta da prateleira. Às vezes, o valor da embalagem pode enganar.
Uma marca mais barata pode ter menos quantidade, saindo mais cara no final. Essa é a melhor maneira de comparar valores entre marcas e tamanhos diferentes, assim, você consegue identificar qual produto oferece o melhor custo-benefício.
5. Priorize marcas próprias, locais ou menos conhecidas
Dê uma chance aos produtos da marca do próprio mercado ou às marcas genéricas e regionais.
Itens básicos como arroz, feijão, farinha, açúcar e produtos de limpeza, normalmente, podem ser adquiridos por um valor menor e com a mesma qualidade.
6. Foque nos alimentos “base” e evite ultraprocessados
Invista o valor do seu vale-alimentação em alimentos in natura: arroz, feijão, batata, mandioca, ovos, legumes, frutas da estação e cortes de carne mais baratos (como frango inteiro, coxão mole, carne moída).
Alimentos básicos são mais baratos, mais nutritivos e rendem muito mais do que produtos prontos, congelados ou snacks.
Um pacote de bolacha, por exemplo, pode custar o mesmo que meio quilo de frango, mas não sacia nem alimenta da mesma forma.
7. Aproveite ao máximo ofertas e sazonalidade
Frutas, verduras e legumes da estação são sempre mais baratos e saborosos. Fique de olho nos folhetos de promoção e priorize os itens em oferta para compor seu cardápio da semana.
Por exemplo: comprar abóbora no inverno ou manga no verão pode custar metade do preço fora de época e, com esses produtos, é possível fazer diferentes receitas .
Montar as refeições em torno das promoções é uma das melhores estratégias de economia.
8. Cozinhe em quantidade e congele
Dedique um dia da semana para cozinhar em maior quantidade. Faça porções de molho de tomate, feijão, sopas, carnes cozidas ou assadas e congele em potes individuais.
Isso economiza tempo, gás e evita a tentação de pedir delivery nos dias mais corridos.
Além disso, você aproveita melhor embalagens familiares e promoções comprando em quantidades maiores.
9. Revise seu carrinho antes de passar o vale-alimentação
Antes de ir ao caixa, faça uma última revisão no carrinho. Retire todos ou uma parte dos itens supérfluos como biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e sobremesas prontas que você pegou de última hora.
São justamente esses itens de “conveniência” que mais pesam no orçamento e agregam pouco valor nutricional.
10. Cuidado com as armadilhas do layout do mercado
Sabe aquele labirinto de produtos próximo ao caixa? Ele pode até ter ofertas tentadoras, mas você realmente precisa delas? Lembre-se que tudo que está ali foi colocado estrategicamente para que você veja e queira comprar.
O layout do mercado é projetado para maximizar suas compras por impulso. Por isso, reflita bastante antes de pegar produtos fora da lista de compras. Isso vai poupar bastante crédito do vale-alimentação até o final do mês.
Ainda não tem um vale-alimentação para chamar de seu?
Fale com o RH da sua empresa e solicite o benefício. Afinal, além da nutrição física, o vale-alimentação contribui para a segurança alimentar e economia.
Entre em contato com o nosso time e saiba mais.
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Publicado em 18/09/2025 às 11h50 - Atualizado em 18/09/2025 às 12h06 - Por Bárbara Moreira